Minha tia Matilde, muito espirituosa, sempre disse que, "depois dos quarenta, não se comemora aniversário. Um leve brinde aos anos vividos, já conta". Mais na comemoração e no brinde. Foi assim o natalício de minha cara Remédio Lustoza.
A Remédio é daquelas pessoas que a gente ama de início. Conhecí essa figura, há muito tempo, Lá se vão quase 20 anos. Ela e os filhos. Costumo dizer que é a minha família de Teresina, dada a aproximação e a intimidade de nosso convívio quase diário, não muito, por conta de viagens e compromissos, tipo nota fora da pauta.
No clima de muita amizade e carinho, passando pela consideração e afeto, é que sempre convivemos. Alí, entre a Areolino de Abreu e a Gabriel Ferreira, no centro da cidade. Sempre estivemos juntos, em momentos alegres, tristes, fáceis e difíceis. Sempre dividimos as alegrias e tristezas.
Mais, ainda, para demonstrar esse apego, minha identidade difere um único dígito da de Gisella, filha de Remédio, minha "meia - irmã". Tiramos no mesmo dia. Leno, mais novo e Giovana, também levam a mesma consideração.
Pois, primeiro falei de minha intimidade com eles, para poder desenhar o meu rosário.
Maria do Remédio Lustoza Serafim é filha de Antônio Lustoza e Zélia Castro. Morou em Piripiri, na casa de sua prima Socorro. Morou, também, no Canindé, quando recebeu a proteção de São Francisco. Muito querida por todos. Casou com um cearense, o Luis Serafim, com quem teve três filhos: Gisella, Gisleno e Giovana.
Este ano, no dia dedicado a São Sebastião, padroeiro de Esperantina, Uruçui, Parnaíba e Rio de Janeiro, nos reunimos, os "mais chegados", para cantar o Parabéns a ela. O primeiro do dia, aconteceu logo às 0h02, da data natalícia da amiga. Estávamos na garagem: eu, João Messias, Zé Raimundo, Gisleno (que tinha acabado de chegar de São Luis do Maranhão, onde faz residência médica), a Gisela e a Remédio. Tudo embalado a um bom scoth, rum e panelada, isso mesmo, panelada do Cantinho do Jambo. Saímos de lá as cinco da matina.
Voltamos, então, ao meio - dia, para o regabofe, que foi até a madrugada do dia seguinte. Aqui a festa foi espetacular. Veio o Mário, a Teresa e a Amélia (minha companheira churrasqueira; sem nós dois, o fogo não acendia e a carne não assava). Irmãos. Amigos muitos, mais os de nossa geração. Colegas de escola e de faculdade da Gi e do Leno. Médicos formados, que vcs verão nas fotos que vou postar mais tarde.
Os anos novos da Remédio foram comemorados com muita alegria. Fica só a vontade de que ela viva o dobro do que comemorou, nos dando a alegria de poder dividir a amizade sempre afetuosa.