Artigo publicado na imprensa piauiense em 07/2002:
"Embora não tenha sido convidado a participar das solenidades celebradas em torno do primeiro ano de falecimento de meu prezado amigo Antônio Machado Melo, e - Prefeito de Batalha e ex - Deputado Estadual, registro, neste Jornal, a justa e merecida homenagem que lhe foi prestada pelo Poder Público Municipal Batalhense, ao qual ele serviu por cinco vezes - um marco político na história de nossa terra que o elegeu, por duas vezes, representante da região na Assembléia Legislativa.
Antônio Machado Melo é filho dos remanescentes mais históricos da fundação de nossa querida Batalha. Nasceu em 17 de agosto de 1912, filho de Anna de Castro Machado Melo - Nanoca e Messias de Andrade Melo, este, de tradicional e importante família de desbravadores da antiga vila de Santo Antônio do Surubim, atual e bela cidade de Campo Maior. Do lado materno, Machado Melo descende, em linhagem direta, de políticos de grande inportância e influência no contexto histórico da Província do Piauhy.
Era bisneto de Amaro José Machado, português que foi o primeiro administrador da Vila da Batalha, pelos idos 1850. Amaro era casado com Anna Francisca de Miranda, de importante clã familiar que, chegando ao Brasil, radicou - se na região de Piracuruca. Da família, citamos, ainda, o Major José Rodrigues de Miranda, que foi influente na Batalha do Jenipapo, ocorrida em 13 de março de 1823, e, antes, mandou erigir "às suas expensas", o templo de São Gonçalo, em Batalha.
José Amaro Machado, outro importante nome da família, era Coronel da Guarda Nacional e foi casado com Mathylde Roza, de importante clã parnaibano. Foi Intendente e presidiu o Partido Liberal. Comendador da Ordem da Rosa, comandou o destacamento militar da Vila da Batalha. Vice - Presidente da Província do Piauhy, foi seu Presidente por um curtíssimo período, quando foi envenenado com a esposa e uma filha de colo, vindo, os três, a morte imediata.
Antônio Guilherme Machado de Miranda, outro importante membro desse clã, era avô de Machado Melo. Foi intendente da Batalha, Deputado e Desembargador do Tribunal Especial. Era casado com doma Maria Magdalena de Castro Miranda, de linhagem parnaibana, que foi Professora de Primeiras Letras.
Messias de Andrade Melo, pai de Machado, administrou Batalha por várias oportunidades. É nome do Hospital de Batalha.Casou com Anna de Castro Machado (Nanoca).
Dos irmãos de Machado, destacamos Clovis, que foi Prefeito de Batalha, Deputado Estadual e Conselheiro do TCE - PI. E, Balthazar. A esse, quero abrir um parêntese nessa crônica. Pense num cidadão. Pronto: Balthazar Melo. Tive a oportunidade de conhecê - lo. E conviver animadas rodas de conversa. Com ele e com sua Secé, duas figuras a quem dedico uma página de minha vida. Pela amizade, e acima de tudo, pelo respeito que os dedico. A ele, a Secé e a seus filhos mais queridos: Ana Cristina, Baltazar Filho, Ângela, Lina Rosa e Tereza do Carmo, sem esquecer Paulo Henrique e José Andrade. Foi Presidente da CEF e do TCE - PI.
Antônio Machado Melo, faleceu em 02 de julho de 2001, aos 89 anos, no Hospital Casamater, em Teresina, rodeado pelo amor de seus filhos e filhas. Foi casado com Dedila Freitas Melo, de saudosa memória. E desse enlace, nasceram: José - médico, mora em Salvador; Clóvis, Antônio e Célio - Agropecuaristas, moram em Batalha; Amaro José - empresário; João Messias, ex - Prefeito de Batalha; Maria do Socorro (que deixou muitas saudades, mãe de nossas queridas Anucha e Natacha); Paulo de Tarso, Ana Lúcia e Jacqueline (querida amiga, companheira de alegrias e tristezas...).
Continuará sendo, por muitos anos, ainda, um dos maiores cidadãos de Batalha. Seu destaque no mundo político piauiense é notório e da maior relevância. Suas ações em beneficio do povo batalhense, suas obras, construídas com o pensamento voltado ao desenvolvimento da terra - máter e, acima de tudo, seus exemplos de cidadão, de homem público, de esposo e pai, continuam para a posteridade. Foi odiado e amado!
O busto de bronze, que espera, ainda, uma placa dígna de sua história, inaugurado na praça central de sua Batalha, perpetua a inigualável e brava história de vida: um caso de amor para com seus conterrâneos. Era essa a nossa homenagem!
3 comentários:
Obrigada pelas palavras de amizade dedicadas ao meu pai.
Saudade meu amigo...logo...logo ..estou ai para participarmos em Batalha juntos dos festejos de São Gonçalo.
Que textos lindos. Parabéns. São belíssimas as homenagens.
Tenho dois netos que são descendentes de José Amaro Machado. Seus textos permitir-me-ão passar-lhes muitas informações sobre seus antepassados.
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