Teresina, recém transferida sede da Capital da Província do Piauhy. Pelas tantas horas, reunidos no Gabinete do Presidente, autoridades diversas. O Presidente da Assembléia Provincial, Antônio Francisco Salles e os Deputados Simplício Mendes, Jacob Almendra e José Mariano Lustosa Amaral dão o tom político do evento. Na tribuna, a Lei de criação da Batalha.
O Comendador Frederico d’Almeida e Albuquerque, Presidente da Província, eleva a Povoação da Batalha a categoria de Villa com a mesma denominação.
Antes disso, em 1842, José Felício Pinto, em seu livro O Município no Piauí, nos dá a notícia do desmembramento do território de Batalha do município de Piracuruca, nosso tronco - mater. A Matriz de São Gonçalo, iniciada sua construção em 1794, fora concluida em 1814: 20 anos. Em 1838, Manoel Resplende funde os sinos de bronze de nossa Igreja, no Quartel das Barras, antes de ser sequestrado pelos revoltosos da Balaiada.
Antes disso, Luis Carlos Paiva Teixeira, magistrado - como Presidente da Província do Piauí criou em 22 de agosto de 1853, a Freguezia de São Gonçalo da Batalha, reconhecendo o seu templo, como casa de oração, em 03 de junho de 1854, quando tomou posse o seu primeiro Vigário, o Padre Antônio Simões de Moura.

A Villa da Batalha, então, criada em 15 de dezembro de 1855, fora solenemente instalada em 07 de setembro de 1858, no "Paço do Conselho", também, suponho, em uma cerimônia festiva, pelo Juiz de Piracuruca, Benício José de Moraes. Nessa ocasião, foi dado posse ao Conselho de Intendência, à frente, José Florindo de Castro.
Daquela Batalha distante na história, nos restou resquícios da Matriz de São Gonçalo, reformada e com suas torres derrubadas. Das torres antiga nos restou apenas os sinos, que, em seus repiques, nos trazem lembranças longinquas...
Ficou, também, para as nossas gerações, a Fé de nossos antepassados, no nosso Patrono, Padrinho, Padroeiro querido, São Gonçalo, que, de seu altar, passa os dias e as noites em vigília a nos abençoar, iluminar e guiar nossos passos com a divina bênção de Deus.
É para Batalha, meu eterno caso de amor, que ofereço essa singela homenagem. Uma homenagem que se estende aos seus filhos: aos que nos deram a vida, nossos pais; Aos que nos fizeram continuar na vida, mais pais ainda. Aos amigos perdidos nessa longa estrada. Aos que ainda estão por aqui... Aos que já se foram, para outras paragens... para outros lugares... para outros andares... para o além, nos deixando com a saudade infinda.
Mas para Batalha, quero deixar o sorriso do José Milton, ali da foto de cima, como símbolo de esperança em uma Batalha promissora... Que o futuro guarde para ele, e para todos os da idade dele, a quem ele representa nesta crônica, o que nós pudemos e faremos de melhor para nossa terra - berço, nosso torrão natal. É para ele, e para eles e elas, nossos filhos e filhas, que estamos buscando fazer uma Batalha mais justa. Mais digna.
E junto, esse magnífico refrão, plageando o nosso Hino: "Batalha terra eternamente amada, teu nome em nosso peito faz pulsar. E para te ver sempre exaltada para a glória havemos de lutar!"
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