Desde o início da construção da Matriz, em 1794 (concluída, apenas, em 1814) muitos pastores catequisavam e pregavam o Evangelho. Tem - se notícias dos Padres Antônio Sampaio e Francisco Borges, em meados de 1797; Padre Francisco Borges, em 1803; Padre Domingos Dias Pinheiro, em 1804; Padre José Pontes de Menezes, em 1817; e os italianos Frei Apollônio de Mollineto e Lourenço do Monte Leone, "em incursão pela Ibiapaba passaram 21 dias pregando o Santo Evangelho de Deus" em terras batalhenses (in: Cartas Avulsas - caixa 2 - Poder Executivo - Arquivo do Piauí).
Em 1853, foi criada a Freguesia:
Transcrição da Lei de criação da Freguesia:
"Resolução nº 340, Publicada a 24 de agosto de 1853
Luis Carlos de Paiva Teixeira, Vice - Presidente da Província do Piauhy - Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Provincial decretou e eu sanciono a seguinte Lei:Crea uma Freguesia no 3º Districto do Termo de Piracuruca, com
a denominação de Freguesia da Batalha
Artigo 1º - Fica creada uma Freguesia no terceiro districto do Termo de Piracuruca com a denominação de Freguesia da Btalha.
Artigo 2º - O orago d'esta Freguesia será o de São Gonçalo e a Igreja Parochial a existente no Povoado que lhe dá o nome.
Artigo 3º - Seus limites serão os mesmos que actualmente tem o referido terceiro districto.
Artigo 4º - Ficão revogadas as disposições em contrario.
Mando, por tanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Resolução pertencer, que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como n'ella se contém. O Secretário d'esta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Palácio do Governo da Província do Piauhy, 22 de agosto de 1853, 32º da Independência e do Império. Luis Carlos de Paiva Teixeira.
L.S (lugar do selo)
Antônio de Hollanda da Costa Freire"
(in: Código das Leis Piauienses - tomo XIV, parte 1ª - P 23 - 1853)
Faziam parte da Assembléia Provincial, a essa época:
Presidente – Raimundo Antônio de Carvalho
Vice-Presidente – João Antônio Vaz Portella
1° Secretário – Antônio de Sousa Martins
2° Secretário – Francisco José da Silva
Deputados:
Antônio Francisco Sales (Juiz de Direito)
Dr. Simplício de Sousa Mendes
Joaquim Damasceno Rodrigues
Jacob Manoel de Almendra
Antônio de Sousa Mendes Júnior
Eleutério Augusto de Ataíde
Ernesto José Batista
Ângelo Custodio de Araújo Bacelar(Proprietário)
Antônio Martins da Rocha
José Rodrigues Coelho
Mamede Antônio de Lima
Dr. Raimundo Antônio de Carvalho
João Vaz Portella
Antônio Ricardo de Albuquerque Cavalcante
Ângelo Gonçalves (Promotor Público)
Miguel Furtado de Mendonça
Dr. José Mariano Lustosa Amaral
Francisco José da Silva
Otaviano José de Amorim
(in: Legislativo piauiense: www.alepi.pi.gov.br/historia.asp)
Com a sanção da Lei, somente em 1854, realmente, foi instalada a Freguesia, com o reconhecimento do templo de Batalha como Casa de Oração, em 3 de junho daquele ano e, em 20 de agosto toma posse o primeiro vigário oficial, o Padre Antônio Simões de Moura.
A primeira construção da Matriz de São Gonçalo data de 1794, quando foi iniciada e feita uma escriturea pública de doação pelo Major José de Miranda, e concluída 20 anos após, em 1814. Nesses anos todos, sofreu várias reformas.
A Igreja contou, ainda, com uma Confraria, que reunia os "homens de bem" da Villa. Eram os ricos fazendeiros, comerciantes e proprietários, como o Cel Amaro José Machado, Albino Borges Leal, José Florindo de Castro, José Amaro Machado, Antônio Fortes Bustamante de Sá Menezes e Luis Borges Castelo Branco, dentre outros.
O Sino
O Sino de bronze da Matriz - Patrimônio histórico e Cultural da cidade, foi fundido no Quartel das Barras, pelo Mestre Manuel Resplende, que era um exímio conhecedor do manuseio de pólvora para confecção de bombas. À época da fundição dos sinos de Batalha, ocorria a Balaiada - a 'revolta dos balaios' - no Maranhão durante o período de 1830 a 1841 - resultou em mais uma manifestação do processo de crise por que passava a sociedade brasileira durante o período regencial. Sabendo do conhecimento do Mestre Resplende, os revoltosos o sequestraram.
Este sino, hoje, necessita da ajuda de seus abençoados batalhenses. Precisa ser trocado por outro, que custa algo em torno de R$ 10 mil. Uma campanha, encabeçada por nosso amigo Raimundo Nonato Machado - Dudu da Madalena, tenta angariar recursos para a aquisição deste, em Minas Gerais.
O nosso sino, ficará na capéla do Santíssimo, guardado para a posteridade, ladeado por uma placa contando a sua importância histórica para o nosso berço terreno.
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